23/03/2016 - Elas dizem um dos segredos para alcançar 100 anos com vitalidade é a fé.
Livro foi escrito pela família para contar história de vida.
Comemorações de aniversários entre família e amigos são comuns. Mas comemorar duplamente 100 anos de vida é especial. Este sábado (19) foi de festa para comemorar o centenário das irmãs gêmeas Cecília e Julia Gonçalves, carinhosamente chamadas de Cilinha e Julinha, que moram em Cláudio, no Centro-Oeste mineiro.
As cerimônias começaram na quinta-feira (17), quando foi de fato o aniversário das duas. Para celebrar a idade mais que especial, a filha de Julinha, Lúcia Gonçalves Mitre, contou que foi rezada uma missa e em seguida foi servido um café para os convidados.
"Na sexta-feira nós começamos os preparativos para a festa de hoje. Queríamos mesmo que fosse um evento muito especial. Mais de 300 pessoas passaram para parabenizar minha mãe e minha tia e sem dúvidas todos nós temos orgulho da idade das duas e de como elas chegaram até aqui", destacou Lúcia.
"Passou rápido, parece um sonho", disse Cilinha ao descrever orgulhosamente os 100 anos de vida. As duas dizem que o segredo para longevidade é a fé em Deus. Na simplicidade, elas educaram os filhos e ainda são exemplos para os netos e bisnetos. "Elas ensinaram muitas coisa para gente, principalmente essa coisa da família ser muito unida", disse a neta de Cilinha, Karine Lúcia Leandro Mitre.
História registrada em livro
A história de vida as irmãs é tão especial que virou até livro. A obra é apenas uma lembrança carinhosa de tudo que as duas viveram e foi feito pelos próprios familiares. Cilinha e Julinha, que ainda são muito lúcidas, contam que sempre foram donas de casa e com as experiência que têm cultivaram muitas tradições da família. Por muito tempo fizeram teatro e sempre gostam de cantar e encenar.
A curiosidade é que desde bebês elas não foram criadas juntas, porque quando a mãe delas deu à luz, já tinha outra filha pequena, de 11 meses, e por isso Cilinha acabou indo morar com a avó na cidade. Julinha permaneceu na comunidade rural de Chumbo e por causa disso não viveram a infância na mesma casa. Mas isso nunca foi empecilho, pois sempre conviveram. "Elas sempre tiveram muito contato, foi minha bisavó que quis ficar com a minha mãe", disse a filha de Cilinha, Lúcia Gonçalves Mitre.
Na idade adulta as duas se casaram, se mudaram, mas continuaram morando na cidade e isso não afastou uma da outra. Julinha tem 12 filhos, 33 netos, 50 bisnetos e uma tataraneta. Já Cilinha tem 14 filhos, 25 netos e 20 bisnetos. Os maridos das duas já faleceram. "Meu pai morreu há 20 anos e marido da tia Julinha tem ainda mais tempo. As duas continuam firmes e fortes e tudo indica que vão muito além dos 100 anos", contou Lúcia.
(Foto: Reprodução/TV Integração)
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