13/11/2019 - Repasse para Cláudio: dinheiro do Pré-Sal cai de R$ 2,2 para R$ 1 milhão
Não foi como esperado e anunciado pela mídia nacional e políticos brasileiros, e a arrecadação com o ‘megaleilão’ do Pré-Sal não chegou perto do previsto.
Se a expectativa era de arrecadar R$ 106,5 bilhões a realidade ficou em R$ 69,9 bilhões e, com isso, os repasses para os municípios também caíram em mais de 50%. Para o Município de Cláudio a previsão inicial era de R$ 2.210.691,00 e com o fracasso do negócio a cidade vai receber R$ 1.072.997,68.
Esse dinheiro deverá ser investido, em uma parte na quitação de despesas previdenciárias e o restante conforme definido pela administração. As exigências para os municípios ficaram mais brandas e os prefeitos vão poder investir em infraestrutura, pagamento de salários e outras necessidades de cada cidade, conforme as prioridades locais.
Nos Estados e Distrito Federal as exigências são maiores, com a quitação de despesas previdenciárias ficando com boa parte dos valores repassados. Desta forma, os brasileiros ficam sem a posse do petróleo nesses campos e o dinheiro que será repassado aos municípios não vai resolver nem parte da grave crise por que passam a maioria dos 5.400 municípios brasileiros.
—►Dinheiro do Pré-Sal caiu para quase a metade: Carmo da Mata vai receber R$ 613 mil e não mais R$ 1.2 milhão
A expectativa era muito boa: com o ‘megaleilão’, leilão dos campos de petróleo do Pré-Sal, o município de Carmo da Mata tinha a expectativa de receber, ainda em 2019, R$ 1.263.252.03.
Com o fracasso do negócio, previsto para faturar R4 106,5 bilhões e conseguindo somente R$ 69,9 bilhões, a expectativa foi cortada quase que pela metade e a cidade vai ter direito a R$ 613.141,68. Desta forma, os brasileiros ficam sem a posse do petróleo nesses campos e o dinheiro que será repassado aos municípios não vai resolver nem parte da grave crise por que passam a maioria dos 5.400 municípios brasileiros.
No megaleilão, divulgado com estardalhaço pela mídia e reforçado pelas assessorias de políticos, o previsto era arrecadar R$ 106,5 bilhões, sendo que uma boa parte desse total, algo em torno de R$ 10 bilhões, seria repassado aos municípios. Com a realidade mostrando que os grupos estrangeiros não compareceram como anunciado e que somente dois dos quatro campos foram arrematados e, mesmo assim, pelo preço mínimo, o faturamento bateu na casa dos R$ 69,9 bilhões e a cota dos municípios ficou em torno de R$ 5 bilhões. O valor que será repassado a Carmo da Mata deverá chegar aos cofres do município até o final do ano e o investimento poderá ser feito em quitação de dívidas previdenciárias e a maior parte, com certeza, para saldar salários com servidores.
►Com reportagem de Sérgio Cunha
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