02/02/2016 - Cidade registrou 694 casos suspeitos da doença nas três últimas semanas.
Agentes afirmam que muitos moradores não contribuem com o trabalho.
Com 25.771 habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade de Cláudio, no Centro-Oeste de Minas, enfrenta uma epidemia de dengue. De acordo com a Vigilância Epidemiológica local, 694 casos suspeitos da doença foram registrados nas três últimas semanas. O Pronto Atendimento Municipal precisa se adaptar para atender às cerca de 70 pessoas que buscam o serviço todos os dias. Esse número representa um aumento de 60% nas consultas.
De acordo a responsável técnica pelo Pronto Atendimento de Cláudio, Viviane de Freitas Castro, o corpo clínico foi reforçado com médicos de postos de saúde, mas não tem sido suficiente. "Neste fim de semana, tivemos na faixa de 210 casos suspeitos de dengue atendidos aqui. Essas pessoas foram classificadas de acordo com o protocolo de Manchester e elas aguardam de acordo com essa classificação de risco. Fizemos adequações de três áreas do Pronto Atendimento. Colocamos mais poltronas e mais macas", explicou.
Medidas de combate
No início de 2015 a Prefeitura de Cláudio decretou situação de emergência por cauas da dengue. Foram contratados 14 agentes epidemiolígicos. Um carro de som percore as ruas da cidade transmitindo orientações à população. O fumacê também é usado.
A Câmara aprovou uma lei que autoriza a Prefeitura a multar moradores, caso sejam encontrados, na casa deles, focos do mosquito transmissor. O chefe da Vigilância Epidemiológica, Magno da Silva Gonçalvez, diz que a punição varia de R$ 100 a R$ 500. "Em reincidência, pode ser aplicada outra multa. No caso de estabelecimentos comerciais, também é possível cancelar o alvará de localização e funcionamento", pontuou.
Apesar disso, alguns agentes de saúde afirmam que muitos moradores não colaboram na luta contra o mosquito. "A população tem visto o fumacê realmente como solução. Mas, enquanto todos não abraçarem e fazerem suas partes cuidando dos seus quintais e fazendo sua parte, abraçando a causa, não teremos resultados positivos", disse o agente epidemiológico William Silva.
O Governo Federal publicou nesta segunda-feira (1º), no "Diário Oficial", uma medida provisória que permite aos agentes de saúde forçar a entrada em imóveis públicos ou particulares que estejam fechados ou abandonados para destruir focos do mosquito.
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