01/06/2020 - enda de Maurilo Tomaz ainda tentou garantir 15 dias, mas foi derrubada e não haverá mais as “férias de meio de ano” do Legislativo.
Imaginem se chega ao Congresso a proposta de aprovação de mais um mês de férias para os trabalhadores, além do período já existente, a cada ano? Movimentos patronais, políticos e até mesmo boa parte dos trabalhadores vão ser frontalmente contra essa proposta, taxando-a de absurda, no mínimo. Mas é o que acontecia na Câmara de Cláudio – e acontece na maioria das Câmaras dos municípios brasileiros – até que a vereadora Meire do Zé do Juquinha, em conjunto com os vereadores Fernando, Tindora, Degas e Heitor, apresentassem a proposta de emenda à Lei Orgânica, que foi aprovada no último dia 4 de maio e deu fim a essa verdadeira mordomia no legislativo claudiense. Ainda foi preciso derrubar uma emenda proposta pelo vereador Maurilo , que queria garantir pelo menos 15 dias dessas férias de meio de ano e alguns dias no mês de dezembro. Venceu o bom senso e a emenda do vereador foi derrubada.
No processo de votação da proposta, ao analisar a emenda de Maurilo foram contrários os vereadores Meire do Zé do Juquinha, Tindora, Degas, Heitor, Fernando e o presidente da Câmara, Cláudio Tolentino. A favor da manutenção de 15 dias (de 17 de julho a 1º de agosto) votaram Geny, Evandro, Tim Maritaca, Reginaldo e Maurilo Marcelino. Em seguida foi votada a proposta original, que acaba com o recesso dos vereadores e foi aprovada por unanimidade. A partir de agora não existe mais as férias de meio de ano para os edis que somente terão direito aos 30 dias relativos ao mês de janeiro, devendo legislar nos demais 11 meses.
Quando da apresentação da proposta dos vereadores a TRIBUNA já havia noticiado as opiniões de vários cidadãos que aplaudiram a iniciativa, com a alegação de que “não se justifica esse recesso no meio do ano e mais o mês de férias, em janeiro”.
A vereadora, falando à nossa reportagem, disse que estava bastante feliz com a aprovação do projeto e lembrou do apoio que recebeu, desde o início, dos colegas Tindora, Degas, Fernando Tolentino e Heitor Ribeiro, “que abraçaram nossa ideia e trabalharam no sentido de vê-la aprovada”. Também disse que a proposta é fruto de conversas com os cidadãos claudienses que apontaram essa questão a ela, afirmando que “acabando com o recesso de meio de ano, nós nos aproximamos da população. E ainda teremos mais um mês de atividades para ajudar na construção de uma Cláudio melhor, a cada ano”. Concluindo, Meire lembrou que sempre trabalhou, por muitos anos em um banco, e entende que “esses casuísmos têm de acabar. A pessoa pública não deve ter benefícios que o trabalhador não tem. Precisamos construir uma relação de igualdade entre os ocupantes de cargos públicos e o cidadão, afinal, aquele é que arca com as despesas do exercício dos nossos mandatos”, concluiu. Com Reportagem de Sérgio Cunha.
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